Prévia de Risen 2: Dark Waters

O personagem “sem nome” de Risen está de volta e, aparentemente, trouxe consigo apenas o que “cabia na mochila”. Embora Risen 2: Dark Waters traga em seu código genético muito do que constitui o estilo da desenvolvedora Piranha Bytes — o que não é necessariamente bom... —, o tema soturno e medieval do primeiro jogo foi em parte prescindido em favor de uma típica aventura de piratas — tema um tanto raro na atual geração de consoles.

Dark Waters se passa muitos anos após os eventos do primeiro Risen. Com o passar dos anos, o seu “Herói sem nome” acabou abandonando as criaturas míticas das montanhas por sessões de bebedeira. Tudo ia absolutamente “bem”, até o momento em que monstros marinhos começaram a dividir embarcações ao meio. De fato, uma boa parte do início da aventura consiste em descobrir o que poderia causar tais calamidades.


Três ilhas e inúmeras perguntas para fazer

Quem já tentou a sorte em algum titulo da Piranha Bytes deve saber bem: as informações não vêm de graça, e nenhum tutorial vai puxá-lo pela mão para lhe explicar as (relativamente) complexas dinâmicas políticas do jogo. Você segue por sua conta, levando-se em consideração que há aqui uma séria mudança infraestrutural em relação ao título original: em vez de uma, são (pelo menos) três ilhas.

De fato, embora cada membro do arquipélago seja menor em extensão de terras do que Faranga, considerando-se o conjunto, o mundo de jogo de Dark Waters deve trazer uma área de exploração consideravelmente maior. Para colocar em termos de “horas de jogo”, a Piranha Bytes espera algo em torno de 60 ou 80 horas de conteúdo.

Mas há ainda outra vantagem em dividir o espaço de jogo em territórios espaçados. Segundo a desenvolvedora, a estrutura formada por ilhas múltiplas permite uma exploração mais instigante, já que você não pode desvendar todo o terreno logo no início do jogo — talvez ninguém tenha pensado nas pontes interditadas de GTA... Enfim.

Em vez disso, será sempre necessário entrar a bordo de um navio para explorar novas áreas... Áreas que podem ser tematicamente diversas, justamente por estarem separadas umas das outras — o que permite voos mais altos por parte da equipe de criação.

Detalhes e mais detalhes

Pode-se dizer muita coisa acerca do desempenho da Piranha Bytes — uma boa parte provavelmente seria impublicável —, menos que a desenvolvedora não sabe apreciar um bom feedback. As críticas inflamadas ao primeiro Risen trouxeram para Dark Waters um cuidado artístico muito maior em relação aos personagens e aos ambientes.

Em termos mais materiais, trata-se de cenários realistas e superlotados de efeitos especiais para acompanhar a mudança geral da temática da série. Até mesmo os inimigos passaram por considerável upgrade: de deformações antropomórficas no primeiro Risen a bestas lembrando cobras, dinossauros ou aranhas gigantes que parecem perfeitamente capazes de meter algum medo.

Sai o arco e flecha, entra a garrucha

O sistema de combates de Risen também sofreu algumas mudanças a fim de incorporar a nova temática bucaneira. Em primeiro lugar, os armamentos mais primitivos do jogo original dão lugar a fumegantes armas de fogo.

Mas a coisa vai além do bacamarte e da garrucha. Caso estas não façam o seu estilo, há sempre a possibilidade de uma luta corpo a corpo, ou mesmo de um embate mágico — embora as duas formas de combate tenham sofrido modificações consideráveis em Dark Waters.

Convença alguém a ensiná-lo novas habilidades

Entre inovações e recriações, uma boa característica do primeiro Risen parece ter se mantido intacta para Dark Waters. Trata-se da ligação necessária entre a socialização e o desenvolvimento de habilidades.

Em termos práticos, significa o seguinte: se você quer aprender uma nova técnica/habildade/magia, você necessariamente precisará encontrar um treinador devidamente capacitado, e também terá que desenvolver um relacionamento com ele (sem interpretações maliciosas, por favor) a fim de desbloquear melhorias específicas para o personagem.

Por outro lado, caso você se porte como um completo idiota diante do seu treinador em potencial, é bem provável que o conteúdo que ele poderia ensinar acabe definitivamente bloqueado no jogo.

Armaduras: um sinal de status

Trata-se de outra constante em títulos da Piranha Bytes. Basicamente, Dark Waters não deve incluir uma miríade de armaduras que possam ser trocadas a cada cinco minutos a fim de obter vantagens estatísticas sem muito significado. Longe disso. Além de fornecer proteção, cada armadura é um sinal inequívoco do status do seu portador, e elas não são encontradas em qualquer canto.

Entretanto, embora a desenvolvedora não tenha abandonado o prestígio ligado à aquisição de um novo modelo, Risen 2 deve incluir peças um tanto mais modestas, de forma que se possa iniciar a personalização do protagonista um pouco mais cedo.

Ademais, Dark Waters ainda trará ciclos de dia e noite, vilarejos cheios de NPCs (personagens não controlados pelo jogador, na sigla em inglês) com suas rotinas próprias formando um universo dinâmico e bastante atraente. E existe ainda mais uma promessa: as versões para consoles não vão se parecer com uma versão escarrada do projeto para PC — uma das críticas mais ferrenhas de Risen.


Risen 2: Dark Waters ainda não tem uma data de lançamento definida.


Fonte: Baixaki Jogos

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